A Oncoclínicas (ONCO3) aprovou, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada dia 8 de outubro, um aumento de capital social no montante mínimo de R$1,0 bilhão e máximo de R$2,0 bilhões, por meio de subscrição privada de novas ações ordinárias ao preço de R$ 3,00 por ação.
O objetivo é reforçar a posição de caixa e otimizar a estrutura de capital da companhia, combinando entrada de novos recursos com a redução de endividamento financeiro via conversão de dívidas em capital.
A homologação do aumento poderá ocorrer de forma parcial, desde que atingido o valor mínimo de R$1,0 bilhão. A operação permitirá tanto a integralização em dinheiro quanto a conversão de créditos e dívidas financeiras reconhecidas contra a Oncoclínicas e suas controladas.
Assim, a companhia busca equilibrar a liquidez de curto prazo e reduzir pressões de serviço da dívida, substituindo obrigações financeiras por capital próprio.
Créditos elegíveis para conversão
Entre os créditos aptos à integralização estão as 9ª, 11ª e 12ª emissões de debêntures simples da Oncoclínicas, além das debêntures emitidas por subsidiárias como o Centro Paulista de Oncologia (CPO) e a Multihemo Serviços Médicos S.A., ambas com fiança da holding.
Também poderão ser utilizados outros créditos financeiros e bancários — incluindo empréstimos, financiamentos e contratos de mútuo reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
Os saldos atualizados desses créditos (com juros e correção monetária até a data da integralização) poderão ser utilizados para subscrição das novas ações.
Após a homologação do aumento de capital, as debêntures entregues serão canceladas, resultando em redução do passivo consolidado e melhora nos indicadores de alavancagem.
Quais os desafios enfrentados pela ONCO3?
O aumento de capital ocorre em um contexto de alavancagem elevada e geração operacional pressionada pela menor alavancagem operacional e por desembolsos expressivos com despesas financeiras.
Ao converter parte da dívida em capital, a companhia busca mitigar riscos financeiros, reduzir amortizações futuras e aliviar o fluxo de caixa. Paralelamente, a Oncoclínicas vem conduzindo outras medidas de fortalecimento financeiro, como a venda de ativos hospitalares, a revisão do portfólio de serviços e o foco em clínicas oncológicas, modelo de negócio mais leve e de maior retorno sobre capital.
Diluição dos atuais acionistas
A diluição potencial será de aproximadamente 33,5% em caso de subscrição mínima (R$1,0 bilhão), podendo atingir 50,2% no cenário de subscrição total (R$2,0 bilhões) e até 66,8% considerando o exercício integral dos bônus. Contudo, acionistas que exercerem integralmente o direito de preferência não serão diluídos.
Cada nova ação subscrita dará direito a um bônus de subscrição, com preço de exercício também de R$ 3,00 e validade de dois anos. Esses bônus poderão ser exercidos periodicamente, conforme janelas definidas nos 12 e 24 meses seguintes à emissão, representando um potencial de capitalização adicional futura. Detalhes da operação.
O período de adesão da operação será entre 9/out/25 e 7/nov/25, com as ações passando a ser negociadas ex-direito a partir de 9 de outubro. As novas ações serão emitidas a um valor de R$3,00, com os créditos elegíveis sendo atualizados com juros e correção monetária até a data de integralização das novas ações.
Os credores interessados em integralizar a operação devem contatar o RI da Oncoclínicas pelo e-mail ri@oncoclinicas.com ou pelo telefone (+55) 11 99519-5994. A companhia recomenda o contato antecipado (ao menos 7 dias úteis antes do prazo final) para análise dos créditos e emissão do boletim de subscrição aplicável.