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Grupo Mateus é destaque positivo na prévia de resultados do varejo alimentar

Banco Safra divulga prévia dos resultados do setor de varejo alimentar com previsão de crescimento de 19% da receita líquida do Grupo Mateus no terceiro trimestre

Supermercado

O Grupo Mateus deverá ser o destaque positivo do trimestre, com um forte desempenho de receita | Foto: Getty Images

O Grupo Mateus deverá ser o destaque positivo do trimestre, com um forte desempenho de receita (+21% a/a, devido à abertura de 23 novas lojas no segmento dos últimos 12 meses, juntamente com crescimento médio de 1 dígito no segmento de Vendas de Mesmas Lojas).

Por outro lado, o Carrefour deve ser o destaque negativo, com um crescimento sombrio e uma margem de EBITDA ainda 112bps abaixo do nível do 1T22 (antes da aquisição da BIG).

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Quanto à ASAI, o Safra espera um crescimento de 10% de receita, apoiado por novas lojas-orgânicas e conversões-, baixo crescimento de um dígito das Vendas de Mesmas Lojas e um ganho de margem de EBITDA de 20 bps entre o ano e o final do ano.

Por fim, a GPA deve relatar crescimento de receita e expansão da margem EBITDA, mas espera-se que a alavancagem continue impactando negativamente seu lucro líquido.

Prévia de resultados do varejo de alimentos destaca Grupo Mateus

Grupo Mateus (GMAT3): Forte desempenho de receita acoplado ao ganho de margem do EBITDA. Esperamos um forte desempenho de receita líquida (+19% a/a) devido à combinação de 23 novas lojas abertas nos últimos 12 meses e um desempenho médio de um dígito Vendas de Mesmas Lojas.

Em termos de fluxo de caixa, o ciclo de caixa da empresa deve permanecer estável a/a com uma ligeira pressão a/a devido ao acúmulo de estoque. Além disso, a margem de EBITDA deve estar em 20bps a/a como resultado:

  • (i) da melhoria dos termos com os fornecedores, o que deve compensar a pressão de um maior imposto sobre as vendas; e
  • (ii) uma maior eficiência das despesas de SG&A, apesar do alto número de aberturas de lojas nos últimos 12 meses. Portanto, o Safra espera um EBITDA de R$528 milhões, com +23% em relação ao ano anterior.

Por fim, o resultado deve chegar a R$305 milhões, com queda de 3% no ano, pois assumimos uma taxa efetiva de imposto sobre o rendimento mais alta devido ao fim do subsídio ao imposto sobre vendas.

Assaí (ASAI3): t/t quase estável de Vendas de Mesmas Lojas. O Safra espera um crescimento de vendas de 10% no ano como resultado das novas aberturas e conversões de lojas, juntamente com um crescimento de 2% no ano em Vendas de Mesmas Lojas (abaixo da inflação alimentar de 3,7% no ano), já que a empresa tem sofrido devido ao cenário competitivo difícil e ao pior cenário macro.

Margem de EBITDA ajustada ex IFRS 16 em 5,6% (+20bps a/a) reflete o aumento das conversões de lojas Extra e ganhos de
eficiência nas despesas gerais. Assim, o EBITDA ajustado deverá chegar a R$ 1 bilhão, com +14% em relação ao ano anterior, enquanto o resultado líquido deve cair 15% para R$ 154 milhões, devido ao aumento das despesas financeiras e da taxa de imposto sobre o rendimento, que não seria uma surpresa. Por último, mas não menos importante, espera-se que a alavancagem financeira da ASAI melhore t/t como resultado de uma maior lucratividade.

Carrefour Brasil CRFB3: Desempenho de vendas sem sucesso. Esperamos um aumento de 6% na receita para R$ 30 bilhões devido a uma combinação de:

  • (i) crescimento positivo das Vendas de Mesmas Lojas em C&C;
  • (ii) expansão da presença do C&C (+14 lojas nos últimos 12 meses); e
  • (iii) desempenho positivo das Vendas de Mesmas Lojas e aumento da presença do Sam’s Club, parcialmente compensado por uma redução na presença do Retail (fechamentos e conversões de lojas para C&C) e a impressão negativa das Vendas de Mesmas Lojas do Varejo.

Em relação à margem de EBITDA, esperamos um aumento de 31 pb a/a como resultado da maturação das lojas BIG convertidas. No entanto, a margem de EBITDA deverá permanecer 112bps inferior ao do 1T22 (antes da aquisição da BIG). Consequentemente, o EBITDA deve chegar a R$ 1,6 bilhão, com crescimento de 12% em relação ao ano anterior.

Por fim, esperamos um lucro líquido de R$130 milhões, com queda de 2% no ano, devido ao aumento das despesas financeiras (maiores taxas de juros e maior participação nas vendas a prazo), que deverá mais do que compensar o melhor desempenho operacional.

Pão de Açúcar (PCAR3): O desempenho operacional continua a melhorar, mas a elevada alavancagem continua a ser uma preocupação. O Safra espera um crescimento de vendas de 4% no ano devido à combinação de 21 novas lojas abertas nos últimos 12 meses e uma expansão de Vendas de Mesmas Lojas de apenas 1 dígito. Também vale a pena notar que o redimensionamento das vendas B2B deve ter um impacto no ritmo de crescimento consolidado, já que as vendas B2B devem ser 18% abaixo do ano anterior. No que diz respeito aos formatos, o Pão de Açúcar deve crescer 3% a/a na parte traseira da expansão de Vendas de Mesmas Lojas de um dígito médio como resultado do sortimento melhorado e das saídas reduzidas. O formato mainstream deve apresentar um desempenho ligeiramente positivo (+2% a/a).

Por fim, o formato de bairro deve manter seu ritmo de aceleração sólida (+21% a/a) apoiado por 32 novas lojas abertas nos últimos 12 meses e alto crescimento de um dígito de Vendas de Mesmas Lojas, apesar das bases de comparação difíceis. Além disso, a margem ajustada do EBITDA em 4,1% (+177bps a/a) deve refletir a melhoria da variedade e a
redução das vendas (margem bruta +135bps a/a), juntamente com a alavancagem operacional. Assim, o EBITDA ajustado (ex IFRS 16) deverá chegar a R$186 milhões, com aumento de 82% em relação ao mesmo período, enquanto o resultado deve apresentar uma perda de R$142 milhões, impactada negativamente pelas elevadas despesas financeiras.

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