Preço do alumínio sobe e favorece ação da CBA
Relatório do Banco Safra com projeções de preços do alumínio indica que o produto pode encontrar suporte adicional no quarto trimestre; CBA tem novo preço-alvo
28/10/2024
Para 2025, o Safra prevê um preço médio do alumínio de US$ 2.600 a tonelada, com alta de 6% sobre 2024 | Foto: Getty Images
Relatório sobre o setor de metais e mineração do Banco Safra prevê alta do alumínio. Segundo o banco, os preços do alumínio têm apresentado um bom desempenho ultimamente devido aos seguintes fatores:
- (i) cortes nas taxas de juros pelo Fed;
- (ii) esperanças sobre as implicações dos recentes pacotes de estímulo na China; e
- (iii) mercados mais apertados de alumina e bauxita.
O relatório sobre os rumos dos preços de commodities, o Safra analisa as tendências históricas dos preços do alumínio no passado. A sazonalidade dos preços do minério de ferro no final do ano está bem consolidada na mente dos investidores, mas há incertezas sobre a sazonalidade do alumínio.
O Safra desenvolveu uma metodologia simples identificando as tendências trimestrais e mensais dos preços do alumínio nos últimos 10 anos, em seguida, analisou as variáveis que podem explicar o movimento dos preços das commodities: oferta, a procura e os estoques, bem como os preços dos produtos de substituição e das matérias-primas.
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O Safra acredita que os preços poderiam encontrar suporte adicional no quarto trimestre de 2024 e além. Com base na análise, o Safra espera que os preços do alumínio em novembro-dezembro poderiam se beneficiar de fundamentos favoráveis, especialmente em novembro.
Assim, o banco definiu os preços de 4T24E em US$ 2.750/t (vs. US$ 2.379/t no 3T24 e um preço spot de US$ 2.675/t), levando a estimativa de EBITDA para o 4T24 para R$ 524 milhões (+32% vs. 3T24E), fazendo base para um bom desempenho de ações.
Para 2025, o Safra prevê um preço médio do alumínio de US$ 2.600/t (acima de 6% ano-a-ano) devido aos mercados primários mais apertados de alumínio, que devem reduzir seu superávit de 660kt em 2024 para 272kt em 2025 com base no crescimento da demanda por eletrificação, substituição de cobre e disciplina de fornecimento na China.
No entanto, as estimativas de preços do Safra a curto prazo podem ser revistas para cima se a disponibilidade de alumina não melhorar-fundições de alumínio pode precisar de reduzir a produção para limitar as perdas – mas note que os preços a longo prazo estão abaixo do consenso dos analistas, já que o Safra acredita que a China deve aumentar a capacidade em certa medida em outras regiões (por exemplo, Indonésia e Oriente Médio).
O Safra também atualizou as estimativas para o CBA. O banco estabeleceu um novo preço-alvo para 12 meses para a CBA, de R$ 8,50 por ação, com base em uma avaliação do flixo de caixa descontado (Discounted Cash Flow – DCF), acima do preço-alvo anterior de R$7,20 por ação. O Safra usou um custo de capital de 14,8% e um custo médio ponderado de capital (WACC) de 12,5% (inalterado). Isso implica um aumento de 44% no DCF e relações EV/EBITDA de 3,9x e 3,7x para 2025 e 2026, respectivamente.
Safra revisa projeção para os preços do alumínio
Nesta atualização, o Safra revisou apenas a previsão de preço médio do alumínio 2024-25 para US$ 2.462/t (de US$ 2.412/t anteriormente) e US$ 2.600/t (de US$ 2.500/t anteriormente), respectivamente, e a previsão de preço de longo prazo do alumínio (em termos reais) para US$ 2.480/t a partir de US$ 2.411/t.
Principais riscos para a visão positiva:
- (i) materialização do potencial pipeline de projetos e mais oferta da China e da Europa;
- (ii) demanda abaixo das expectativas devido a uma desaceleração nas tendências de eletrificação e deterioração no setor imobiliário chinês;
- (iii) o fim das sanções dos EUA/Reino Unido contra o alumínio russo;
- (iv) a não renovação das concessões de energia hidrelétrica, resultando em maior exposição à eletricidade de terceiros; e
- (v) os preços do alumínio e as taxas de câmbio diferindo das previsões.