Empresas e setores que que se destacaram nos balanços do 1º trimestre
Consumo de itens não essenciais, Saneamento, Educação, Petróleo e Gás estão entre os setores que se destacaram positivamente no primeiro trimestre
20/05/2025
Segundo análise do banco Safra, 11 dos 16 setores acompanhados apresentaram expansão de lucro e nenhum apresentou prejuízo | Foto: Getty Images
Os resultados das empresas no primeiro trimestre de 2025 ficou alinhado às expectativas dos especialistas do Banco Safra, com expansão de receita, EBITDA e lucro líquido na comparação anual consistente com a moderação do crescimento esperada para a economia em 2025 (+2,2%, +0,8% e +0,8%, respectivamente).
Em uma base de comparação anual, o crescimento foi de 7,4% na receita, 0,7% no EBITDA e 13,1% no lucro líquido.
Depois de um quarto trimestre de 2024 fraco, as grandes empresas de commodities (Petrobras e Vale) apresentaram resultados sequencialmente melhores (variação de +14,9% a/a no lucro líquido vs. -141,9% a/a no 4T24), enquanto as companhias domésticas seguiram apresentando bons resultados, embora em desaceleração (+9,6% a/a no 1T25 vs. +23,2% a/a no 4T24).
Setorialmente, 11 dos 16 setores acompanhados apresentaram expansão de lucro e nenhum apresentou prejuízo.
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Pontos positivos dos balanços do primeiro trimestre de 2025
Os segmentos que se destacaram com uma combinação de performance anual positiva e números acima do esperado foram:
- (i) Consumo Discricionário – C&A (CEAB3) apresentou melhor lucratividade na categoria de varejo e economia de despesas; Azzas (AZZA3) capturou sinergias de despesas; e Lojas Renner (LREN3) e Alpargatas (ALPA4) registraram sólida recuperação a partir de uma base de resultados fracos;
- (ii) Saneamento – Sabesp (SBSP3) reportou bom controle de custos e aceleração na execução de investimentos, e as receitas da Copasa (CSMG3) foram beneficiadas por maior volume, mix tarifário positivo e custos mais baixos;
- (iii) Educação – Ânima (ANIM3), Cogna (COGN3) e Vitru (VITRU3) surpreenderam positivamente com diluição de despesas e melhorias no PDD; melhor controle de custos e despesas e melhora na geração de fluxo de caixa; e redução das despesas com PDD, respectivamente; e
- (iv) Petróleo e Gás – resultados sólidos decorrentes do aumento da produção e estabilidade nos preços do petróleo em relação ao trimestre anterior.
Pontos negativos
Os segmentos que se destacaram negativamente com uma combinação de performances negativas e números abaixo do esperado foram:
- (i) Papel e Celulose – Suzano foi impactada pela queda nos embarques e Dexco sofreu com números mais baixos das divisões Deca e Revestimentos;
- (ii) Autopeças – a divisão de trailers da Randon reportou resultados fracos e menores volumes, e a Marcopolo sofreu com um pior mix de vendas, o que levou a uma queda no EBITDA;
- (iii) Seguradoras – fraco desempenho do seguro prestamista impactou BB Seguridade e Caixa Seguridade; e
- (iv) Açúcar e Etanol – Raízen foi impactada por menores volumes vendidos de açúcar, etanol e combustíveis, assim como menor contribuição das atividades de trading, o que afetou, portanto, o desempenho de sua controladora Cosan.